A República das Havaianas
Voltei para a realidade como quem pisa num lego. Saí de casa de Havaianas -hábito adquirido na cidade onde chinelo é bem-vindo do supermercado ao restaurante- sem imaginar que cometia um ato político. Da padaria ao salão, fui interpelada com a mesma pergunta: o que eu tinha achado da propaganda. De repente, o calçado mais democrático, ops, virou símbolo de resistência. Uma piadinha bagaceira de fim de ano ganhou ares de mensagem cifrada e a publicidade passou a ser lida como se estivéssemos de volta aos tempos de repressão, quando frases precisavam ser decodificadas para escapar da censura. Leia mais (12/23/2025 - 20h15)