Aos 95 anos, Filomena abre segundo dia de Capivara Blasé

O Bloco Capivara Blasé retornou para as ruas da Esplanada Ferroviária na tarde desta segunda-feira (20), com a tradicional matinê das capivarinhas. De bengala aos 95 anos, dona Filomena fez questão de comparecer junto com a filha, a neta e a bisneta. "É a primeira vez dela, é legal pra curtir com a netinha. Tenho lembranças das marchinhas, toda essa alegria é linda", disse a filha da matriarca, Kilma Martins, de 54 anos.  A matinê começou às 15 e vai até 18h, homenageando a cantora Gal Costa com o mote “Capivara, tudo é divino maravilhoso". De noite, quem sobe ao palco para agitar os foliões é a Banda Du Carnaval de Marchinhas e o sambista Chokito. A festa segue até às 23h. Na tarde de hoje, também foi o primeiro dia de folia de João Bernardo, de 3 anos, levado por sua mãe, Fernanda Sábio, 33. Com o cabelo verde e espuma nas mãos, ele agitou a matinê. O temporal no primeiro dia de Capivara ficará marcado na história do tradicional bloquinho campo-grandense. Quem não levou capa ou guarda-chuva pulou Carnaval de baixo d'água mesmo. No entanto, as ruas ficaram mais vazias do que o esperado e quem saiu perdendo foram os ambulantes e a própria equipe de organização do bloco, que é independente. "Obviamente que a gente queria que não chovesse, até porque a comercialização é importante pros blocos. Nesse sentido afetou um pouco. Por outro lado, a gente sentiu algo inédito: foi a primeira vez que choveu sem parar durante o bloco. Eu me emocionei várias vezes ao perceber a convicção das pessoas pra viver o Carnaval. Teve um significado especial apesar da chuva. Foi lindo ver a persistência das pessoas", ressaltou o fundador do Capivara Blasé, Vítor Samudio. Quem ainda quer levar a criançada para a festa, a entrada é gratuita, mas é necessário realizar um cadastro quando chegar. A medida foi tomada em parceria com a Cruz Vermelha, para que caso os pequenos se percam, consigam ser localizados o mais rápido possível.