Instituto do Pulmão será instalado em ala do antigo prédio do HC-UFG e terá 10 consultórios
Uma área de cerca de 700 metros quadrados do antigo edifício do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) vai abrigar o Instituto do Pulmão, iniciativa voltada ao atendimento, ensino e pesquisa em doenças respiratórias.
O edital de licitação para a reforma do espaço foi assinado na segunda-feira, 22, marcando o início formal do projeto. O Instituto do Pulmão terá como foco principal o cuidado de doenças do pulmão e das vias aéreas, com a proposta de concentrar atendimentos de maior complexidade em um único local.
A unidade também deverá ampliar a oferta de serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS), integrando assistência, pesquisa e formação acadêmica. Segundo a diretora-executiva da Fundação de Apoio à Gestão de Serviços e Projetos em Saúde (Fagep), Lucilene de Sousa, o projeto já passou pela primeira etapa de aprovação da Vigilância Sanitária, concluída na sexta-feira, 19.
A expectativa é de que, após a liberação final do órgão, a obra seja executada em até 60 dias. A concepção do instituto partiu de uma proposta do médico pneumologista e professor da Faculdade de Medicina da UFG, Marcelo Rabahi, que coordena o projeto.
De acordo com ele, a primeira fase da reforma contará com R$ 800 mil provenientes de emenda parlamentar do deputado federal Zacharias Calil (UB-GO).
O coordenador também comparou a iniciativa a outros centros de referência da universidade, como o Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof), e destacou que as doenças respiratórias figuram entre as principais causas de morte e de internações hospitalares no país.
Durante o lançamento, o superintendente do HC-UFG, José Garcia Neto, afirmou que Goiás apresenta fatores ambientais que contribuem para a incidência de doenças respiratórias, como períodos prolongados de seca, variações de umidade e altas temperaturas, além da presença de partículas em suspensão no ar.
A reitora da Universidade Federal de Goiás, Angelita Pereira de Lima, explicou que a decisão de anunciar o instituto antes do início da reforma busca evidenciar a dimensão do projeto e seu potencial impacto para a instituição e para a assistência à saúde.
Estrutura prevista
O projeto arquitetônico prevê a adaptação da ala destinada ao instituto com 10 consultórios, área administrativa e cinco laboratórios, incluindo unidades voltadas à função pulmonar avançada, medicina do sono, pesquisa e reabilitação fisioterapêutica.
Também estão previstos espaços para cirurgia torácica e pneumopediatria. Segundo a coordenação, o HC-UFG deverá ser o primeiro hospital público de Goiás a contar com quartos específicos para a realização de exames de polissonografia.
De acordo com Marcelo Rabahi, o projeto foi desenvolvido com base em modelos de atendimento utilizados em clínicas especializadas privadas, com o objetivo de oferecer melhores condições aos pacientes atendidos pelo SUS.
A centralização dos serviços, segundo ele, deve facilitar o percurso do paciente e integrar diferentes áreas da saúde, como fisioterapia, enfermagem, nutrição e educação física.
A expectativa da coordenação é de que, no primeiro ano de funcionamento, o instituto amplie em cerca de 10% o número de atendimentos, 20% a realização de exames complementares e até 50% os serviços de fisioterapia respiratória.
Ao final do evento, foi realizada a inauguração simbólica da etapa inicial do projeto, com o descerramento de uma placa no local. A solenidade contou com a presença de representantes da reitoria da UFG, da direção da Faculdade de Medicina, da administração do HC-UFG, da Fagep e do parlamentar que destinou os recursos para a obra.
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