EUA atacam alvos do Estado Islâmico na Nigéria após ameaças de Trump
Forças armadas dos Estados Unidos realizaram, na noite de quinta-feira, 25, ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico no noroeste da Nigéria. A operação ocorreu após declarações do presidente Donald Trump, que havia ameaçado agir militarmente diante do que classificou como assassinatos de cristãos na região.
Segundo autoridades americanas e nigerianas, a ofensiva teve como alvo militantes ligados ao Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP) e contou com a autorização do governo da Nigéria. Até o momento, não há informações oficiais sobre o número de mortos ou feridos.
O ataque foi confirmado pelo Pentágono, que afirmou que a ação teve caráter cirúrgico e buscou atingir lideranças e estruturas logísticas do grupo extremista. O governo nigeriano, por sua vez, declarou que a operação integra esforços conjuntos de combate ao terrorismo em áreas onde forças locais enfrentam dificuldades para conter grupos armados.
Ameaças e pressão diplomática
Nos dias que antecederam a ofensiva, Trump fez declarações públicas acusando grupos extremistas de promoverem uma campanha sistemática de violência contra comunidades cristãs na Nigéria. O presidente afirmou que os Estados Unidos não permaneceriam “inertes” diante das mortes e sinalizou a possibilidade de ações diretas.
As falas geraram preocupação diplomática, já que a Nigéria é um país soberano e aliado estratégico dos EUA na África Ocidental. Após negociações, Washington e Abuja chegaram a um entendimento para a realização do ataque, segundo fontes oficiais.
Situação de segurança na Nigéria
A Nigéria enfrenta há anos uma grave crise de segurança, marcada pela atuação de diferentes grupos armados. Além do Estado Islâmico, o país convive com facções remanescentes do Boko Haram, bandos criminosos e conflitos locais entre comunidades.
A região noroeste, onde ocorreu o bombardeio, tem sido palco de sequestros, ataques a vilarejos e ações terroristas, afetando tanto cristãos quanto muçulmanos. Autoridades nigerianas reiteram que o conflito tem múltiplas causas, incluindo disputas territoriais, pobreza extrema e fragilidade institucional.
Reações e próximos passos
Após o ataque, equipes de segurança nigerianas isolaram a área atingida para avaliação dos danos. O governo dos EUA informou que continuará monitorando a situação e não descartou novas ações caso identifique ameaças iminentes.
Organizações de direitos humanos pediram transparência sobre possíveis vítimas civis e alertaram para o risco de agravamento do conflito. Já aliados de Trump defenderam a medida, afirmando que o presidente cumpriu a promessa de adotar uma postura mais dura contra o terrorismo internacional.
A ofensiva marca mais um capítulo da política externa de Trump, que tem priorizado ações militares diretas como forma de pressão e resposta a crises de segurança envolvendo aliados estratégicos dos Estados Unidos.
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