Estudo com 96 mil pacientes mostra que cloroquina aumenta risco de morte em pacientes com Covid-19
Pesquisa é a maior feita até o momento e foi publicada na The Lancet, uma das mais importantes revistas científicas do mundo
Uma pesquisa publicada nesta sexta-feira, 22, pela revista The Lancet, uma das mais importantes revistas científicas do mundo, revela que o tratamento de pacientes com Covid-19 com cloroquina não apresenta benefícios satisfatórios e ainda causa risco de morte para os doentes.
A coordenação do estudo foi pelo grupo Brigham and Women’s Hospital Center for Advanced Heart Desease, de Boston, nos Estados Unidos. Foram observador 96.032 pacientes infectados.
Foi observada a resposta ao medicamento em contaminados internados em 671 hospitais de todos os seis continentes entre os dias 20 de dezembro de 14 de abril. A média de idade dos pacientes é de 53 anos.
Dentre eles, 14.888 foram separados em quatro grupos: os que utilizaram cloroquina isolada, cloroquina com macrólido, hidroxicloroquina isolada ou hidroxicloroquina com macrólido. O tratamento foi realizado em 48 após diagnóstico da Covid-19.
Outros 81.144 não receberam nenhum dos compostos. Independente do esquema, o estudo mostrou que os medicamentos foram associados à diminuição da sobrevida hospitalar e aumento da frequência de arritmias ventriculares quando usada no tratamento da doença causada pelo novo coronavírus.
Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) mandou que o protocolo da utilização da substância no Brasil fosse alterada para que ela fosse utilizada em casos leves.