A proposta de
reforma administrativa que o
governo federal apresentou nos parece muito mais um roteiro de viagem para Pasárgada -o reino imaginário retratado por Manuel Bandeira em 1930 e que era o paraíso para os amigos do rei. Muito mais do que dificultar a estabilidade no serviço público, o texto busca facilitar a contratação de empresas particulares para a prestação de serviços públicos e, por conseguinte, remunerar a iniciativa privada. Inúmeras vulnerabilidad es e ameaças seriam criadas. A mais perigosa delas é a de que o Tesouro Nacional seja dilapidado por amigos do soberano que detiver o mandato.
Dois dos pontos apresentados pelo Ministério da Economia devem ser objetos de muita preocupação e avaliação, pois colocam em risco o futuro do serviço público no país: o fim do regime jurídico único dos servidores públicos e o
fim da estabilidade dos novos servidores.
Leia mais (09/04/2020 - 17h54)