Daniel Vilela pode se tornar um “supersecretário” sem pasta

A tendência é que o vice-governador não assuma uma secretaria, mas seja uma espécie de “fiscal” de todas as pastas, atuando ao lado de Ronaldo Caiado nas cobranças

O vice-governador de Goiás, Daniel Vilela, do MDB, pode se tornar secretário de Estado a partir de 1º de fevereiro, quando será anunciado o secretariado do governador Ronaldo Caiado, do União Brasil?

A conclusão a que se chegou é a seguinte: Daniel Vilela pode ser secretário, sim, mas para que? Ser vice-governador é mais importante do que ser secretário. Sendo assim, a tendência é que Daniel Vilela fique fora do secretariado, mas bem próximo do governo, ou melhor, dentro do governo. Um insider. Noutras palavras, seria uma espécie de “supersecretário”, só que sem ocupar nenhuma pasta.

O que Daniel Vilela não quer, de acordo com aliados, é ser um vice decorativo. Ele quer “serviço”, “trabalho”, “missões” de importância, que não seja apenas representar o governo em eventos, solenidades. Noutras palavras, o emedebista não quer se tornar o Lincoln Tejota 2.

Daniel Vilela vai participar do governo, de seus grandes projetos — inclusive dos contatos com Brasília —, mas não necessariamente num cargo de secretário.

Segundo um emedebista, Daniel Vilela não tem preguiça, gosta de saber de tudo a respeito do governo, e por isso vai participar das principais questões da gestão estadual. “Ele será o Caiado do MDB no governo, algo assim”, afirma um deputado.

Daqui a três anos, se Ronaldo deixar o governo para disputar mandato de presidente da República ou senador, Daniel Vilela assumirá o governo. Então, se tiver participado ativamente da gestão do líder do União Brasil, estará preparado tanto técnica quanto politicamente para gerir Goiás.

Uma das missões de Ronaldo Caiado é preparar seu sucessor. Ou seja, aquele que levará seu legado administrativo — que inclui apego à moralidade pública — e político adiante. Daniel Vilela é seu herdeiro político.