Parque Areião e Bosque dos Buritis recebem exposição fotográfica “Corre Curumim!”
Retratos do cotidiano dos índios Kayapó, Krahô e Xavante são registro de cinco anos da convivência do artista Wagner Araújo com habitantes de uma aldeia multiétnica em Goiás
O fotógrafo Wagner Araújo lançou, no último sábado, 11, a 1ª edição do projeto Expourbi, com a exposição “Corre Curumim!”, no Parque Areião, localizado no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. O ensaio ficará exposto durante os meses de fevereiro e março. Já em abril e maio, a obra artística estará disponível no Parque Bosque dos Buritis, no Setor Oeste. O projeto faz parte da Lei de Incentivo à Cultura, da Secretaria Municipal de Cultura do Município de Goiânia, e conta com autorização da Agência Municipal de Meio Ambiente.
O fotógrafo Wagner Araújo explica que as imagens fazem parte de uma pesquisa realizada no intervalo de cinco anos durante a convivência com etnias indígenas brasileiras, nos encontros e vivências culturais que acontecem anualmente na Aldeia Multiétnica, na cidade de Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros.
“Nas fotos com vários recortes, etnias indígenas distintas dialogam entre si, dentro da rica diversidade cultural nativa brasileira, entre as riquezas naturais, culturais e humanas, tendo sempre em comum a contemplação, a admiração, o reconhecimento e valorização de nosso patrimônio material e imaterial”, ressalta o artista.
A primeira edição do Projeto Expourbi tem o objetivo de produzir exposições fotográficas itinerantes na cidade de Goiânia, contendo imagens impressas com qualidade de alta definição, montadas em suporte de metal, em grandes formatos nos parques da cidade. A partir disso, propor uma reflexão a partir de uma linguagem contemporânea, a fotografia, fora dos espaços tradicionais como museus e galerias, tornando-a fisicamente acessível, ressignificando a paisagem da cidade.
A proposta é ocupar artisticamente espaços públicos de alta circulação, e proporcionar às pessoas uma contemplação de imagens belas e significativas do imaginário popular. “Vamos compartilhar com o grande público, muitas vezes distantes das galerias e museus, esta oportunidade de vivenciar o contato com as pesquisas e suas sínteses definidas em obras fotográficas de grande significado documental, estético e reflexivo”, disse Wagner.