Maioria dos investidores já aposta em corte de 0.5 p.p. na Selic em meio a deflação
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O economista André Perfeito observa que os núcleos de inflação estão retrocedendo
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247 - Após a divulgação de deflação de 0,07% no IPCA-15 em julho, os investidores estão percebendo a possibilidade de um corte mais agressivo nas taxas de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) no início de agosto.Segundo dados da Opção de Copom da B3, a plataforma de negociação da taxa de juros na bolsa brasileira, nesta terça-feira (25), as apostas para um corte de 0,50 ponto percentual (p.p) subiram para 58%, enquanto a previsão de um corte de 0,25 p.p foi feita por 38% dos investidores.No fechamento na segunda-feira (24), o cenário era mais dividido, com 47% dos investidores prevendo um corte de 0,50 p.p, enquanto 45,50% apostavam em uma redução de 0,25 p.p.O economista André Perfeito, que também já vem com um projeção de corte de 0,50% na reunião de agosto, observa a melhora qualitativa do indicador, com os núcleos retrocedendo, assim como os serviços subjacentes. “Este era um dos temas que mais tiravam o sono do mercado, mas que por ora sai da mesa dos economistas na Faria Lima”, afirma.Para Perfeito, o dado se soma ao Boletim Focus divulgado nesta terça-feira (25), que retomou a melhora para as projeções de 2023, 2024 e 2025 e com o IGP-M aprofundando sua deflação. “Tudo isso sacramenta de vez o corte da SELIC na reunião do Copom semana que vem. Reitero meu cenário de corte de 50 pontos-base e taxa terminal da Selic ao final deste ano em 11,75%.”Ele também destaca que “a questão na mesa” não são os juros de curto prazo, mas sim os de longo prazo, que já recuaram bastante e que podem subir a despeito de uma queda na Selic. “Não acho que será um movimento abrupto a correção dos preços dos títulos longos, mas me parece que o mercado irá achar uma desculpa para subir um pouco os longos e essa desculpa pode ser a defasagem dos preços da gasolina”, diz.“A batalha pelo curto prazo foi ganha pelo governo junto com o BC. Cabe agora ganharem o longo prazo através do comunicado da Selic e, nesse caso, a responsabilidade é do BC em argumentar, dentro do que acredita, a trajetória da inflação brasileira". (Com informações do InfoMoney).