Golpe ou Bernardo Arévalo
CNN español (imagem) Danilo Espindola Catalano * Na Guatemala houve já o primeiro turno e para o segundo ganharam Bernardo Arévalo de centro-esquerda do partido Movimiento Semilla e Sandra Torres da Unidad Nacional de la Esperanza (UNE), que também é considerada de esquerda para o país, o que se tornou um momento histórico […]
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Danilo Espindola Catalano *
Na Guatemala houve já o primeiro turno e para o segundo ganharam Bernardo Arévalo de centro-esquerda do partido Movimiento Semilla e Sandra Torres da Unidad Nacional de la Esperanza (UNE), que também é considerada de esquerda para o país, o que se tornou um momento histórico para um país no qual desde que conhecemos tem como líder político um poder que apoia as oligarquias nacionais e parece que elas não estão interessadas em perder a sua hegemonia.
Após o final do segundo turno, houve suspeita de fraude e o Conselho Eleitoral se propôs a realizar uma recontagem que ao final mostrou que as suspeitas eram falsas pelo que mostrou o Conselho, mesmo assim, continuaram tentando suspender as eleições, que disseram que o segundo turno no dia 20 de agosto.
O Ministério Público decidiu por criminalizar o Movimiento Semilla, pois assim seria possível fazer com que as eleições sejam desconsideradas. O que para muitos especialistas se caracteriza pelo que há ocorrendo por toda a América Latina, pois o poder hegemônico não quer deixar de ter ele, mas parece que sempre se utiliza de meios que seriam democráticos para se beneficiar.
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Parece irônico, mas a candidata Sandra Torres decidiu suspender a campanha eleitoral até que o MP (ficalía) do país suspenda a decisão tomada, que criminaliza e suspende como entendimento de partido o Movimiento Semilla, o que faria de Bernardo Arévalo como um candidato sem partido.
Ao final Bernardo Arévalo está lutando para que a decisão seja revisada até o dia 20 de agosto, mas parece que, haverá um “golpe” eleitoral, que irá impedir a vitória para a posse de um presidente de esquerda no país, pois a oligarquia ainda quer que seus privilégios sejam mantidos e parece que vem estes dois candidatos como progenitores do fim destes privilégios e estão se sentindo ameaçados, por isso estão usando de todas as suas armas para suspender estas eleições e serem realizadas outras, para que ganhe quem eles realmente querem.
*Danilo Espindola Catalano é escritor, pesquisador e professor de espanhol, dedicado a passar a cultura latino-americana aos seus alunos. Graduado em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, pós-graduado em Metodologia do Ensino da Língua Espanhola, Especialista em Educação e Cultura pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais Brasil e cursando licenciatura em Letras Português/Espanhol.
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