Janja se manifesta sobre morte da menina Heloísa, assassinada por policial rodoviário federal: Justiça
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Primeira-dama disse Basta à morte de crianças; Heloísa estava no carro com o pai e foi atingida por um disparo de fuzil há nove dias, durante abordagem policial
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247 - A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, pediu justiça para o caso da da menina Heloísa Silva, de 3 anos, que morreu na manhã deste sábado (16), nove dias depois de ser atingida por um disparo de fuzil, durante abordagem policial no Arco Metropolitano, em Seropédica, Rio de Janeiro."Basta de ver nossas crianças morrerem. Quem deveria proteger, mata! Justiça por Heloísa", afirmou, por meio da rede X, antigo Twitter.Basta de ver nossas crianças morrerem. Quem deveria proteger, mata! Justiça por Heloísa. pic.twitter.com/zEMFtRY8hC Janja Lula Silva (@JanjaLula) September 16, 2023O ministro Gilmar Mendes, do STF, também se manifestou. Disse que é preciso estudar a extinção da Polícia Rodoviária Federal. A manifestação do ministro, por meio da rede social X (antigo Twitter), ocorreu depois da morte da menina Heloísa Silva, de 3 anos, na manhã deste sábado (16)."Ontem, Genivaldo foi asfixiado numa viatura transformada em câmara de gás. Agora, a tragédia do dia recai na menina Heloisa Silva. Para além da responsabilização penal dos agentes envolvidos, há bem mais a ser feito. Um órgão policial que protagoniza episódios bárbaros como esses - e que, nas horas vagas, envolve-se com tentativas de golpes eleitorais -, merece ter a sua existência repensada. Para violações estruturais, medidas também estruturais", disse Gilmar Mendes.O advogado-geral da União, Jorge Messias, também se manifestou. "Lamento profundamente a perda da pequena Heloísa. É preciso apurar com rigor as causas e as responsabilidades dessa tragédia. Determinei à Procuradoria-Geral da União que acompanhe imediatamente o caso para avaliar eventual responsabilização na seara cível", comentou.O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que tomará decisão sobre a responsabilização dos policiais envolvidos na morte da menina Heloísa ao final do processo administrativo instaurado.Flávio Dino compartilhou nota de pesar divulgada pela Polícia Rodoviária Federal. "Abaixo, a manifestação da Polícia Rodoviária Federal sobre a tragédia de hoje. Quanto à apuração de responsabilidade administrativa, reitero que o processo administrativo foi instaurado no mesmo dia da ocorrência. Minha decisão só pode ser emitida ao final do processo, como a lei determina. Também já há Inquérito Policial na Polícia Federal, que será enviado ao MPF e à Justiça", disse o ministro da Justiça.O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça a prisão preventiva dos três agentes da Polícia Rodoviária Federal envolvidos na morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, baleada em 7 de setembro após uma abordagem na Baixada Fluminense, informa o G1.Heloísa morreu neste sábado (16), nove dias após um tiro disparado pelos policiais ter acertado a menina. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias, a garota teve uma parada cardiorrespiratória irreversível.Foi o procurador Eduardo Benones que pediu a prisão dos policiais rodoviários federais Fabiano Menacho Ferreira — que admitiu ter feito os disparos —, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva. O pedido foi feito na noite desta sexta-feira (15) – antes de Heloísa morrer.No pedido, Benones afirma que 28 agentes da PRF foram até o hospital logo após o disparo “numa tentativa inequívoca de intimidar” a família e lembra que um deles, à paisana, conseguiu chegar até a emergência pediátrica e falar com o pai da menina.“A presença de 28 inspetores no hospital, no dia do ocorrido, em contato visual e às vezes verbal, com as vítimas demonstra uso indevido da força corporativa”, escreveu Benones na justificativa.Em outro ofício, Benones pediu à Justiça uma nova perícia no fuzil apreendido e no carro onde Heloísa estava. A TV Globo apurou que o MPF não concordou com o laudo da Polícia Civil.“A presente demanda tem como escopo assegurar os vestígios para a produção de prova pericial a subsidiar futura persecução penal. O risco ao resultado útil do processo é evidente caso a presente cautelar não seja deferida, na medida em que não será possível trazer à lume o que de fato ocorreu”, escreveu o procurador.Em depoimento, Fabiano Menacho Ferreira admitiu ter feito os disparos de fuzil que atingiram a menina.Ele disse que perseguia o veículo Peugeot 207, onde a menina estava, e que a placa indicava que o carro era roubado. O pai afirmou, posteriormente, que comprou o veículo recentemente e não sabia que era produto de crime.Eles seguiram atrás do veículo, ligaram o giroflex e acionaram a sirene para que o condutor parasse, mas que, depois de cerca de 10 segundos atrás do veículo, escutaram um som de disparo de arma de fogo e chegaram a se abaixar dentro da viatura.Fabiano Menacho disse que, então, disparou três vezes com o fuzil na direção do Peugeot porque a situação o fez supor que o disparo que ouviu veio do veículo da família de Heloísa, o que não é verdade.