8/1: general alvo da PF é especialista em sabotagem e incitação à revolta
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General da reserva Ridauto Lúcio Fernandes foi alvo de mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro
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247 - O general da reserva do Exército Ridauto Lúcio Fernandes, que nesta sexta-feira foi alvo de mandado de busca e apreensão no âmbito da 18ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada nesta sexta-feira (29) pela Polícia Federal (PF), aponta para a possível participação de integrantes das forças especiais do Exército nos atos terroristas do dia 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. A análise dos fatos revela padrões incomuns que mostram uma ação ordenada por parte dos extremistas, como a derrubada estratégica de grades de proteção, seu uso como escadas para acessar o Congresso Nacional e a habilidade no enfrentamento ao gás da Polícia Militar do Distrito Federal, o que indica a possibilidade de uma ação planejada por profissionais. Ridauto é um "kid preto", como são conhecidos os militares que fazem parte das forças especiais, tropa de elite do Exército, especializada em técnicas de sabotagem e de incitação à revolta e ao tumulto. Segundo o jornalista Leonardo Sakamoto, do UOL, ex-integrantes do núcleo duro do governo Jair Bolsonaro (PL) também integravam os “kids pretos”. Nova fase da Operação Lesa Pátria tem como alvo general que foi diretor da Saúde na gestão Pazuello“Também fazem parte dessa elite outros nomes importantes do governo Bolsonaro, como o tenente-coronel Mauro Cid (ex-faz-tudo de Jair), o general Luiz Eduardo Ramos (ex-ministro-chefe da Casa Civil), o general Eduardo Pazuello (ex-ministro da Saúde e hoje deputado federal), o coronel Élcio Franco (ex-secretário executivo da Saúde) e general Dutra (ex-chefe do Comando Militar do Planalto)”, destaca Sakamoto.Ridauto Lúcio Fernandes é ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde e próximo do general Eduardo Pazuello. Ele foi nomeado para o cargo em julho de 2021 e exonerado no dia 31 de dezembro do ano passado, último dia do governo Bolsonaro.De acordo com a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, o general também trabalhou com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, no Comando de Operações Especiais do Exército, em Goiânia. Ridauto chegou a visitar Mauro Cid enquanto ele esteve preso em uma unidade militar em Brasília. Em sua delação premiada à PF, Cid revelou que Bolsonaro discutiu a viabilidade de um golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em diversas reuniões realizadas com os comandantes das Forças Armadas.