Parlamentares bolsonaristas elaboram carta de apoio a Milei, candidato de extrema direita à Presidência da Argentina
247 - Um grupo formado por 67 parlamentares bolsonaristas elaborou uma carta destinada a Javier Milei, candidato de extrema direita à Presidência da Argentina, cujas eleições estão marcadas para o próximo domingo (22). Segundo a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, a correspondência será entregue pessoalmente a pelos deputados Rodrigo Valadares (União-SE), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).A carta tece críticas ao atual presidente argentino, Alberto Fernández, destacado como um dos principais aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na América Latina, além de mencionar a crise econômica e a alta da inflação no país. O documento também busca associar a esquerda argentina a regimes autoritários."Suas propostas são os melhores meios para acabar com a recessão e a crise econômica na Argentina, que há décadas sofre com a inflação, o desemprego, a pobreza e a corrupção", diz um trecho do documento, de acordo com reportagem. Nada definido na eleição presidencial argentina. Urnas dirão verdade neste domingoAinda conforme o periódico, o empréstimo de US$ 1 bilhão do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) para a Argentina, autorizado pelo Brasil e pelos demais países que integram a instituição financeira, os parlamentares bolsonaristas caracterizam a ação como uma "tentativa de interferência do governo brasileiro no pleito argentino".Milei, que é chamado de "Bolsonaro argentino", disse em falas durante a campanha que pretendia limitar o comércio com o Brasil, chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "comunista raivoso" e "socialista com vocação totalitária" e afirmou que, em relação ao Mercosul, a Argentina "seguiria seu próprio caminho" caso ele seja eleito.De acordo com uma pesquisa da AtlasIntel divulgada na última sexta-feira (13), o candidato governista Sergio Massa (Unión por la Patria) lidera as intenções de voto no primeiro turno, com 30,9%, seguido por Javier Milei (La Libertad Avanza) com 26,5%, e Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio) com 24,4%. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos.Para a vitória no primeiro turno, o candidato necessita alcançar 45% dos votos ou 40%, desde que mantenha uma diferença de dez pontos percentuais em relação ao segundo colocado. Caso contrário, está previsto um segundo turno para o dia 19 de novembro.